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Temer vê Lula enfraquecido e diz que presidente pode repensar reeleição em 2026
Temer vê Lula enfraquecido e diz que presidente pode repensar reeleição em 2026
Ex-presidente aponta queda de popularidade e falta de diálogo com o Congresso como fatores que podem pesar na decisão do petista no próximo ano
Por Redação
12/05/2025 às 06:30
Atualizado em 13/05/2025 às 09:49

Foto: Lula Marques/Agência PT
O ex-presidente Michel Temer (MDB) avaliou que a perda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os sucessivos atritos com o Congresso Nacional podem levar o petista a repensar uma eventual candidatura à reeleição em 2026.
“Lula não tem feito uma coisa que fazia muito nos primeiros mandatos: dialogar com o Congresso. Além disso, houve uma queda evidente na popularidade dele. Isso pode fazê-lo refletir duas, três ou dez vezes antes de decidir disputar pela quarta vez”, afirmou o emedebista, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, neste domingo (12).
Ao analisar o cenário político, Temer projetou um fortalecimento da direita e afirmou ver ambiente favorável à construção de uma candidatura única no campo conservador. “Em conversas com alguns governadores, percebo disposição para isso. Se a direita lançar cinco candidatos e a esquerda apenas um, o candidato da esquerda terá vantagem extraordinária”, avaliou.
Questionado sobre a possibilidade de voltar à vida eleitoral, o ex-presidente foi enfático: “Eu descarto. Passei 32 anos na vida pública e ocupei praticamente todos os cargos da República, inclusive a Presidência. Confesso que não tenho mais disposição para tanto.”
Temer defende dosimetria e vê Alexandre de Moraes como ‘pacificador’
Sobre os desdobramentos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Temer criticou a proposta de anistia defendida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja as penas aplicadas, adotando o que chamou de “dosimetria”.
“O Congresso tem o direito de discutir uma lei de anistia, mas talvez, para evitar mal-estar com o STF, o melhor seria o próprio Supremo fazer uma nova dosagem das penas”, declarou.
O ex-presidente também apontou o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações no STF, como possível articulador de uma saída institucional para a crise. “Vejo o ministro como alguém que pode pacificar esse conflito”, disse.