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Diretor reage a crítica de Manno Góes e diz que Salvador ‘soteropolizou’ o Natal: ‘Prefiro nem comentar esse tipo de gente’
Diretor reage a crítica de Manno Góes e diz que Salvador ‘soteropolizou’ o Natal: ‘Prefiro nem comentar esse tipo de gente’
Ângelo Magalhães Neto defende decoração antes mesmo da inauguração oficial e ressalta aprovação popular: “Ano passado, 1,7 milhão de pessoas passaram e gostaram”
Por Evilásio Júnior
04/12/2025 às 10:43

Foto: Evilásio Júnior
A decoração de Natal de Salvador nem foi inaugurada — a abertura oficial está marcada para esta sexta-feira (5) — e já virou pauta de polêmica.
O músico e compositor Manno Góes, conhecido pelos sucessos à frente da banda Jammil, chamou o conjunto montado no Centro Histórico de “cafonice” e criticou elementos como um urso gigante vermelho, personagens fantasiados com folhas e estruturas de luz espalhadas pelo circuito.
“A cafonice da ‘desdecoração’ de Natal do Centro Histórico de Salvador é o mau gosto do mau gosto”, escreveu o artista, em publicação já apagada. Nos comentários, houve quem classificasse o carrossel como “tenebroso” ou ironizasse que um dos bonecos “cheio de planta tá indo pra guerra”.
A crítica ocorre justamente no ano em que a prefeitura ampliou o investimento e a complexidade cenográfica. Sob o tema “Natal de Luz na Cidade que Brilha o Ano Inteiro”, a cidade ganhou novos efeitos e um corredor de luz com 1,3 km na Avenida Sete de Setembro, entre a Casa d’Itália e a Praça Castro Alves. A praça recebeu ainda uma cortina de LED no Palácio dos Esportes e no estacionamento, que cria um ambiente de imersão luminosa.
“Não vou comentar esse tipo de gente”
Questionado na CBN Salvador sobre as críticas de Manno, o diretor de Iluminação Pública do município, Ângelo Magalhães Neto, reagiu de forma dura: “Aí é o gosto. Cada um tem o seu. Nem comento esse rapaz. Prefiro não comentar esse tipo de gente.”
Ele afirmou que a equipe está focada no trabalho no Centro Histórico, que — segundo ele — envolve não apenas a cenografia, mas ações de retirada de usuários de substâncias psicoativas da região.
Parada Natalina e identidade: ‘Nosso Papai Noel é preto’
Ângelo defendeu a estética do projeto e destacou que a proposta tem a ver com identidade cultural: “Temos a maior e melhor Parada Natalina do Brasil, com a cara de Salvador. Nosso Papai Noel é preto, como 83% da nossa população. Soteropolizamos o Natal.”
O diretor afirmou ainda que, no ano passado, a programação atraiu mais de 1,7 milhão de pessoas e foi amplamente aprovada pelo público — argumento usado para rebater a polêmica.
Decoração maior, reação maior
A ampliação do circuito e o aumento do investimento não passaram despercebidos pelos críticos. Comentários nas redes questionaram o custo da operação e a estética dos elementos cenográficos, ao associar o gasto à área de Cultura e Turismo. A prefeitura, no entanto, aposta na estratégia de fortalecimento do calendário natalino como vetor de fluxo turístico para dezembro.
A expectativa é de que o circuito deste ano, mais longo e mais luminoso, gere ainda maior fluxo nos finais de semana e impulsione o comércio da região, especialmente no entorno da Praça Castro Alves, da Avenida Sete e do Centro Histórico — justamente onde a crítica de Manno mirou.
O investimento total não foi revelado, mas o diretor da Disip garantiu que 60% será bancado pela Coca-Cola.

