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Bancada de oposição repudia, Bolsonaro cobra punição e Jerônimo fala em 'indignação' após fala de 'jogar na vala'

Bancada de oposição repudia, Bolsonaro cobra punição e Jerônimo fala em 'indignação' após fala de 'jogar na vala'

Pelo X, antigo Twitter, o próprio ex-presidente comentou o episódio, o qual comparou a "discurso de ódio", e cobrou punições

Por Redação

05/05/2025 às 13:43

Atualizado em 06/05/2025 às 12:53

Foto: Alan Santos/PR

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia repudiou e exigiu retratação da fala do governador Jerônimo Rodrigues (PT) que, em discurso na cidade de América Dourada, na última sexta-feira (2), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores deviam ser "jogados na vala com uma retroescavadeira".

Em nota, assinada pelo líder Tiago Correia (PSDB), os parlamentares classificaram a frase proferida pelo petista como "profundamente ofensiva". "Representa uma grave afronta aos princípios fundamentais da democracia, à liberdade de pensamento e ao direito legítimo de escolha de cada cidadão brasileiro. É inadmissível que, no exercício de um cargo público, cuja principal função é servir e representar todo o povo — inclusive aqueles que pensam diferente —, um chefe do Poder Executivo adote discurso de ódio, segregação e violência simbólica contra parte da população. A retórica utilizada guarda uma perigosa semelhança com práticas totalitárias de regimes autoritários, como o nazismo, em que opositores políticos eram literalmente descartados e jogados em valas comuns", disse a ala da minoria.

Pelo X, antigo Twitter, o próprio Bolsonaro comentou o episódio, o qual comparou a "discurso de ódio", e cobrou punições. "Um discurso carregado de ódio, que em qualquer cenário civilizado deveria gerar repúdio imediato e ações institucionais firmes. Mas nada aconteceu. Não houve abertura de inquérito, nem busca e apreensão, tampouco convocação da Polícia Federal para apurar incitação à violência. Nenhuma nota de repúdio do STF, nenhuma indignação de ministros que se dizem interessados no assunto, nenhuma capa de jornal tratando o caso como 'ameaça à democracia'. Agora imagine se um apoiador de Bolsonaro dissesse algo remotamente parecido, ou usasse a palavra 'vala' em qualquer contexto. Seria manchete, prisão, processo por 'discurso golpista' e 'incitação ao ódio'. O padrão é claro: só há crime quando convém ao sistema, só há repressão quando o alvo é a oposição", condenou o ex-presidente.

Nesta segunda (5), em entrevista à imprensa, no Parque de Exposições, em Salvador, Jerônimo inicialmente negou ter feito o comentário, ao alegar que seu discurso foi "tirado de contexto", mas depois o atribuiu à "indignação". "Se o termo vala e o termo trator foi pejorativo, foi muito forte, eu peço desculpa, o termo não foi a intenção. Eu não tenho problema algum de poder registrar quando excessos na palavra, movido por indignação, é indignação", justificou.

Mais cedo, o deputado estadual Diego Castro (PL) informou ter apresentado uma denúncia formal ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governador.

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