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Deputados da Bahia já receberam mais de R$ 1 milhão da Câmara como reembolso por despesas médicas
Deputados da Bahia já receberam mais de R$ 1 milhão da Câmara como reembolso por despesas médicas
Benefício é exclusivo para parlamentares e pode ultrapassar R$ 135 mil por nota; Cajado lidera lista com R$ 282 mil reembolsados
Por Redação
23/07/2025 às 07:53
Atualizado em 24/07/2025 às 11:13

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados já gastou R$ 1.038.972,59 para reembolsar parlamentares da Bahia por despesas médicas na atual legislatura (2023–2027). O valor é referente a ressarcimentos pagos a quem optou por atendimento fora do Pró-Saúde, plano oficial da Casa Legislativa.
Os dados constam em documento obtido via Lei de Acesso à Informação (LAI) pela agência Fiquem Sabendo, especializada em transparência. Apesar de questionada, a Câmara se recusou a detalhar os prestadores de serviço médico utilizados pelos deputados, ao alegar se tratar de informações pessoais protegidas por sigilo.
O campeão de reembolsos entre os baianos é Cláudio Cajado (PP), com R$ 282.482,92. Em seguida aparecem Waldenor Pereira (PT), com R$ 149.098,58, e Arthur Maia (União), com R$ 71.191,95.
Regras e limites
De acordo com a Câmara, o reembolso é exclusivo para despesas do próprio deputado, sem extensão a familiares. A única exigência é de que os valores por nota fiscal não ultrapassem R$ 135,4 mil – mas não há limite para a quantidade de notas apresentadas.
Entre os serviços que podem ser reembolsados estão internações, exames, atendimentos ambulatoriais, consultas com psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, uso de órteses e próteses, além de tratamentos como quimioterapia e radioterapia.
Apesar da possibilidade de reembolso, os parlamentares também contam com o Pró-Saúde, convênio da Câmara com a Caixa Econômica Federal. O plano cobre deputados, dependentes e outros beneficiários em rede nacional, incluindo hospitais de alto padrão como o Sírio-Libanês e o DF Star.
Na atual legislatura, o plano registrou R$ 18,9 milhões em aportes, sendo R$ 7,8 milhões de recursos privados e R$ 11 milhões oriundos do orçamento da Câmara.
Veja quanto cada deputado baiano foi reembolsado:
Cláudio Cajado (PP) – R$ 282.482,92
Waldenor Pereira (PT) – R$ 149.098,58
Sérgio Brito (PSD) – R$ 132.095,25
Arthur Maia (União) – R$ 71.191,95
Paulo Azi (União) – R$ 70.872,49
Jorge Solla (PT) – R$ 63.885,82
Bacelar (PV) – R$ 48.403,32
Zé Neto (PT) – R$ 40.695,00
Raimundo Costa (Podemos) – R$ 28.600,00
João Carlos Bacelar (PL) – R$ 27.352,22
Pastor Sargento Isidório (Avante) – R$ 26.755,43
José Rocha (União) – R$ 17.986,22
Dal Barreto (União) – R$ 15.026,61
Daniel Almeida (PCdoB) – R$ 12.750,00
Paulo Magalhães (PSD) – R$ 9.800,00
João Leão (PP) – R$ 7.516,52
Leur Lomanto Jr. (União) – R$ 6.200,00
Lídice da Mata (PSB) – R$ 6.030,00
Ricardo Maia (MDB) – R$ 6.020,16
Roberta Roma (PL) – R$ 5.783,52
Diego Coronel (PSD) – R$ 4.200,00
Otto Alencar Filho (PSD) – R$ 2.885,00
Neto Carletto (Avante) – R$ 1.698,58
Joseildo Ramos (PT) – R$ 1.643,00
Os deputados que não pediram reembolso são Adolfo Viana (PSDB), Afonso Florence (PT), Alex Santana (Republicanos), Alice Portugal (PCdoB), Antonio Brito (PSD), Capitão Alden (PL), Elmar Nascimento (União), Félix Mendonça Jr. (PDT), Gabriel Nunes (PSD), Ivoneide Caetano (PT), Léo Prates (PDT), Márcio Marinho (Republicanos), Mário Negromonte Jr. (PP), Rogéria Santos (Republicanos) e Valmir Assunção (PT).