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CNJ afasta de novo Sandra Inês, do TJ-BA, por permitir 'gabinete paralelo' com ingerência do filho
CNJ afasta de novo Sandra Inês, do TJ-BA, por permitir 'gabinete paralelo' com ingerência do filho
Desembargadora já havia sido punida por esquema de “rachadinha” e agora é acusada de favorecer terceiros em decisões judiciais
Por Redação
11/06/2025 às 07:45
Atualizado em 12/06/2025 às 10:59

Foto: Divulgação
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aposentou compulsoriamente, mais uma vez, a desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), durante sessão extraordinária realizada nesta terça-feira (10).
Por unanimidade, os conselheiros julgaram procedente o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apurava a existência de um “gabinete paralelo” operado com influência direta do filho da magistrada.
Segundo o relator do caso, conselheiro Rodrigo Badaró, Sandra Inês permitiu que pessoas sem qualquer vínculo institucional com o Judiciário atuassem na elaboração de decisões e tivessem ingerência sobre sua atividade jurisdicional.
“Ao permitir que seu filho tivesse acesso prévio, ingerência ou influência sobre seus atos, a magistrada violou os deveres de independência, imparcialidade e decoro, comprometendo a credibilidade do Judiciário”, afirmou.
A decisão representa a segunda punição máxima imposta à desembargadora pelo CNJ. Em dezembro de 2024, ela já havia sido aposentada compulsoriamente após a comprovação de um esquema de “rachadinha” em seu gabinete, que envolvia a apropriação de parte dos salários de servidores nomeados por ela.
Os conselheiros João Paulo Schoucair e José Rotondano se declararam impedidos e não participaram da votação.