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Binho Galinha é transferido para sala especial em presídio da Mata Escura; em vídeo, deputado diz que se fosse culpado 'não teria tantos votos'

Binho Galinha é transferido para sala especial em presídio da Mata Escura; em vídeo, deputado diz que se fosse culpado 'não teria tantos votos'

Parlamentar está custodiado após se entregar ao MP-BA; STF entendeu que foro não se aplica aos crimes investigados

Por Redação

06/10/2025 às 08:09

Foto: Divulgação

O deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRD), está custodiado em uma Sala de Estado-Maior no Centro de Observação Penal (COP), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

O parlamentar foi preso na sexta-feira (3), após se entregar ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), em Feira de Santana, sob suspeita de chefiar uma milícia envolvida em lavagem de dinheiro há cerca de duas décadas.

Antes da prisão, Binho era considerado foragido havia dois dias, período em que sua esposa, filho e outras sete pessoas foram detidos na operação. O COP, onde ele se encontra, dispõe de 48 celas, sendo duas especiais. O deputado está em uma delas, separada das celas comuns e com direito a banho de sol — benefício garantido por lei a algumas categorias, como parlamentares.

Segundo o MP-BA, o cumprimento do mandado foi acompanhado por 20 agentes e promotores do Gaeco, que o escoltaram até Salvador. Em nota, Binho Galinha afirmou colaborar com as investigações e disse confiar na Justiça, assegurando que “todos os fatos serão devidamente esclarecidos ao longo do processo”.

STF limitou alcance do foro privilegiado

A prisão preventiva do deputado decorre de um entendimento recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que restringe o foro privilegiado apenas a crimes cometidos durante o exercício do mandato e relacionados às funções parlamentares.

No caso de Binho Galinha, o STF apontou que a maioria dos ilícitos investigados ocorreu antes do mandato ou sem relação direta com a atividade legislativa, motivo pelo qual o processo tramita na primeira instância.

O deputado já havia sido preso em 2011, antes de ocupar o cargo na Assembleia Legislativa, em uma operação contra roubo de veículos.

Conselho de Ética acompanhará o caso

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) informou que acompanha o caso e aguarda a comunicação oficial da Justiça para dar início ao procedimento interno. Segundo o presidente do colegiado, Vitor Bonfim (PV), o processo seguirá as normas da Constituição Estadual, da legislação vigente e do Regimento Interno da Casa.

O Conselho assegurou que a análise será conduzida com isenção, transparência e respeito ao devido processo legal, garantindo a ampla defesa e o contraditório.

Vídeo antes da prisão

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, momentos antes de se entregar ao MP-BA, Binho Galinha negou as acusações. Na sua avaliação, se ele fosse culpado não teria recebido os 49.834 votos que o elegeram pelo Patriota em 2022.

 

 

 

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