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Sem aliados de Bruno, sessão na Câmara sequer abre; 'Golpe no PDDU', brada Aladilce

Sem aliados de Bruno, sessão na Câmara sequer abre; 'Golpe no PDDU', brada Aladilce

Uma lista com 10 projetos, muitos deles polêmicos, foi publicada nesta segunda (6) com convocação de nova reunião conjunta de comissões

Por Evilásio Júnior

06/10/2025 às 17:44

Foto: Evilásio Júnior

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador desta segunda-feira (6) sequer foi aberta por falta de quórum. Nenhum vereador da base do prefeito Bruno Reis (União Brasil) compareceu ao plenário, o que impossibilitou o início dos trabalhos.

No painel eletrônico, constavam 11 presenças, a exemplo do presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB), e Fábio Souza (PRD) — visto do lado de fora, mas sem ingressar no plenário —, além de Beca (Republicanos). Dentro do salão, apenas oito parlamentares da oposição resistiram — Aladilce Souza (PCdoB), Marta Rodrigues (PT), Eliete Paraguassu (PSOL), Hamilton Assis (PSOL), Silvio Humberto (PSB), Randerson Leal (Podemos), João Cláudio Bacelar (Podemos) e David Rios (MDB). De acordo com o regimento, seria necessária a presença de 14 edis.

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"Golpe no PDDU" e pressa do Executivo

A líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), classificou a movimentação como uma manobra para acelerar a tramitação de projetos que alteram a estrutura urbana da capital. Segundo ela, a convocação para reunião conjunta das comissões nesta terça-feira (7) pegou a bancada de surpresa.

"Tem três projetos para devolução de vista, entre eles o que cria a loteria municipal, o plano diretor de Cidades Inteligentes e outro que altera o gabarito da Orla Atlântica, aumentando em 50% a altura dos prédios, de Stella Maris até a Barra. Isso é um absurdo, completa o paredão da orla", criticou, em entrevista ao Blog do Vila.

A comunista acusa o prefeito de promover um "golpe no PDDU" ao fatiar mudanças estruturais sem o devido debate público. "Em vez de mandar o PDDU para a Casa, ele está mandando projetos retalhados, sem ouvir o Conselho da Cidade e sem audiências públicas. É uma atitude de quem não quer dividir com a cidade as decisões sobre o futuro urbano. Ele prometeu enviar o PDDU este ano, mas está burlando o próprio compromisso", afirmou.

Pacote de projetos e resistência da oposição

Além dos três textos sob devolução de vistas, Aladilce apontou que há ao menos outros sete projetos na pauta — incluindo o Plano Municipal de Saneamento, a criação do Sistema Municipal de Nutrição e uma proposta de reforma administrativa com a criação de um serviço social autônomo. "É muita coisa. São projetos complexos, alguns com vícios de origem e impactos profundos. Vamos pedir vista novamente, porque é o único instrumento que temos para entender o conteúdo", disse.

A vereadora também criticou a "pressa" do Executivo em pautar matérias consideradas impopulares. "Parece que o prefeito quer tirar o atrasado, passar tudo de ruim agora para ficar mais tranquilo em 2026, ano eleitoral. Mas nós vamos resistir. A bancada é pequena, mas vamos denunciar para a cidade o que ele está tentando fazer", concluiu.

A discussão das matérias em reunião conjunta de comissões está marcada para as 10h desta terça (7).

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