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Após obstrução de oito horas, Alba aprova novo empréstimo de R$ 2 bilhões para o governo Jerônimo
Após obstrução de oito horas, Alba aprova novo empréstimo de R$ 2 bilhões para o governo Jerônimo
Oposição endurece discurso, tenta travar votação e acusa governo de receber “mais um cheque em branco”, enquanto base avança também com duas novas urgências de crédito
Por Redação
02/12/2025 às 07:07

Foto: Sandra Travassos / Alba
Depois de uma obstrução de oito horas liderada pela bancada da minoria, a Assembleia Legislativa da Bahia aprovou, na noite desta segunda-feira (1º), o empréstimo de R$ 2 bilhões solicitado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). O PL 26.015/2025 autoriza uma operação de crédito com o Banco do Brasil voltada para obras de mobilidade urbana e interurbana, infraestrutura hídrica, viária, urbana e edificações públicas.
A sessão foi marcada por revezamento sistemático de deputados oposicionistas no microfone para atrasar a votação e aumentar a pressão sobre a base. Todos registraram voto contrário.
O clima mais tenso ficou por conta dos embates entre Sandro Régis (União Brasil) — que já havia conseguido travar a votação na semana passada — e os governistas Eduardo Salles (PP) e Marcinho Oliveira (PRD), ex-aliado do próprio Régis no União Brasil. O líder oposicionistas Tiago Correia (PSDB) e os colegas Alan Sanches (União Brasil), Samuel Júnior (Republicanos) e Júnior Nascimento (União Brasil) também elevaram o tom contra o governo, com críticas desde a fila da regulação até supostos atrasos salariais de médicos em unidades como o Hospital da Mulher. Para eles, a Alba estaria “entregando mais um cheque em branco”.
A movimentação integra o processo de reorganização da oposição após reunião com ACM Neto, que cobrou atuação mais dura em votações consideradas sensíveis, especialmente as que elevam o endividamento estadual.
Urgências destravadas
Além do empréstimo principal, os deputados aprovaram ainda duas urgências que tratam de novos créditos solicitados pelo Executivo, que somam R$ 950 milhões — R$ 300 milhões via Caixa e R$ 650 milhões via Banco do Brasil. Os textos entram na pauta de mérito nos próximos dias, mas já seguem em regime acelerado.

