Oposição acusa Jerônimo de 'endividar a Bahia sem resultados' após 20º empréstimo

Foto: Sandra Travassos / Vaner Casaes / AL-BA

A nova solicitação de empréstimo de R$ 2 bilhões enviada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) à Assembleia Legislativa — que eleva para cerca de R$ 25 bilhões o total de operações de crédito em 35 meses — reacendeu as críticas da oposição na Casa.

O líder do bloco oposicionista, Tiago Correia (PSDB), afirmou que o governo amplia o endividamento sem retorno proporcional para a população.

“Não somos contra antecipar recursos, mas a sensação é que esses valores são jogados fora. A Bahia perde oportunidade de fazer investimentos que realmente mudariam a vida do baiano”, disse.

Ele citou falta de avanços em áreas estratégicas. “A segurança pública segue com números alarmantes. A educação tem o maior índice de analfabetismo adulto do país e resultados ruins no Ideb. E na saúde, a fila da regulação continua sendo a ‘fila da morte’”, afirmou.

Já o vice-líder da oposição, Alan Sanches (União Brasil), classificou o novo pedido de crédito como excessivo e sem contrapartida clara em entregas.

“Já são 20 empréstimos em 35 meses — praticamente um a cada 45 dias. E o que a população vê de resultado? A violência continua, a fila da regulação não anda e a Bahia segue entre os piores índices de educação do Brasil”, disse.

Sanches também alertou para o impacto fiscal. “É uma temeridade o que o PT está fazendo. Deixa dívidas para as futuras gerações e não deixa avanços concretos. Por isso o sentimento de mudança para 2026 só cresce.”

O projeto enviado pelo Executivo pede votação em regime de urgência e prevê destinação dos recursos para obras de infraestrutura, mobilidade e serviços públicos.