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PF mira fraude milionária na saúde de Salvador e Justiça bloqueia R$ 100 milhões

PF mira fraude milionária na saúde de Salvador e Justiça bloqueia R$ 100 milhões

Servidores foram afastados por decisão judicial; contratos investigados envolvem pagamentos sem cobertura há quase uma década

Por Redação

12/06/2025 às 07:48

Atualizado em 13/06/2025 às 11:37

Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12), a Operação Dia Zero, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa acusada de desviar recursos federais destinados à saúde pública em Salvador. 

A ação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e cumpre 25 mandados de busca e apreensão na capital baiana, em locais como a Avenida Magalhães Neto e os bairros do Comércio e Horto Florestal, e nas cidades de Mata de São João, Itapetinga (ambas na Bahia) e Maceió (AL).

Segundo a PF, os alvos da operação são servidores públicos — que já tiveram o afastamento das funções determinado pela Justiça. A 2ª Vara Especializada Criminal da Seção Judiciária da Bahia também autorizou o bloqueio de cerca de R$ 100 milhões em bens, além da apreensão de imóveis dos investigados.

As investigações apontam que o esquema operava por meio de contratos firmados entre a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador e uma organização social contratada para prestar serviços de Tecnologia da Informação (TI) na rede municipal. A entidade funcionava como fachada para fraudes que incluíam o favorecimento em processos licitatórios e transferências simuladas para empresas privadas.

De acordo com a PF, as empresas pertenciam a servidores públicos e funcionários da própria organização social, o que configura um desvio sistemático de verbas públicas. O objetivo era ocultar os reais beneficiários dos recursos desviados. A fraude foi descoberta após a identificação de uma série de irregularidades no contrato que deu origem à parceria entre a secretaria e a entidade investigada.

Ainda conforme a investigação, os pagamentos irregulares ocorreram por quase uma década, mesmo sem cobertura contratual, o que evidencia a consolidação de um esquema milionário dentro da saúde pública municipal.

A Operação Dia Zero segue em andamento e, até o momento, não foram divulgadas informações sobre prisões ou apreensão de documentos comprometedores. A Polícia Federal não descarta o surgimento de novos desdobramentos nos próximos dias.

Os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, associação à organização criminosa e lavagem de ativos.

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