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Bruno Reis faz apelo pelo fim da greve dos professores e destaca reajuste: 'Aumento além do que é possível'
Bruno Reis faz apelo pelo fim da greve dos professores e destaca reajuste: 'Aumento além do que é possível'
Greve afeta mais de 131 mil alunos em Salvador; prefeito diz que reajuste aprovado é o maior do Brasil e eleva salário médio para R$ 9,2 mil
Por Redação
27/05/2025 às 13:35
Atualizado em 29/05/2025 às 12:15

Foto: Betto Jr./ Secom PMS
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), fez nesta terça-feira (27) um apelo para que os professores encerrem a greve, que já dura 22 dias e afeta mais de 131 mil alunos da rede municipal de ensino. Ele destacou que o reajuste aprovado pela Câmara Municipal oferece percentuais superiores aos praticados em outras capitais e garante o cumprimento do piso nacional.
“Com a variação de 6,27% a 9,25%, estamos praticando o maior reajuste nesses quatro anos de mandato e quero enfatizar que é o maior reajuste do Brasil em relação a outras cidades”, afirmou Bruno Reis, citando como exemplos Recife, Fortaleza, Teresina, São Luís, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Porto Velho e Cuiabá, além de estados como São Paulo, Ceará e Mato Grosso do Sul.
A proposta aprovada prevê:
- 9,25% de reajuste salarial para professores de Nível 1/Referência A;
- 6,65% para professores de Nível 1/Referência B;
- 6,27% para o quadro suplementar do magistério público;
- e 4,83% de aumento para outros servidores municipais.
Com o aumento, segundo o prefeito, o salário médio dos professores chega a R$ 9,2 mil. Ele também informou que a folha de pagamento da Secretaria Municipal de Educação (Smed) consome R$ 1,3 bilhão — 11% do orçamento da cidade.
“Os salários do mês de maio serão pagos integralmente na sexta-feira. Não temos como aplicar o reajuste agora porque estou sancionando a lei somente hoje, mas em junho vão receber o reajuste retroativo a maio”, garantiu.
Bruno Reis argumentou ainda que a maioria dos professores já ganhava acima do piso antes mesmo da incorporação. “Estamos falando de apenas 800 professores, dos 10 mil, em que havia dúvida de interpretação entre o sindicato e a prefeitura.”
Os professores pedem reajuste de 25% e auxílio-alimentação, enquanto a APLB-Sindicato alega que o piso está defasado em mais de 58%.
Em nota, a prefeitura classificou como “inviável” a proposta exigida pelo sindicato, que representaria um custo de R$ 1 bilhão por ano, comprometendo investimentos em saúde, infraestrutura, mobilidade e educação.
“Estamos dando um aumento além do que é possível, fazendo um esforço grande diante das condições que hoje vive o Brasil”, afirmou o prefeito, ao destacar que a folha da Smed consome cerca de 130% dos recursos recebidos via Fundeb, exigindo suplementação com verbas próprias.