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Verba para aquisição de respiradores foi usada para comprar carros e pagar cartão, diz PF

Verba para aquisição de respiradores foi usada para comprar carros e pagar cartão, diz PF

Presidido por Rui Costa, Consórcio Nordeste pagou, em 2020, R$ 48,7 milhões por aparelhos que nunca foram entregues

Por Redação

28/04/2025 às 16:06

Atualizado em 28/04/2025 às 19:07

Foto: Jairo Gonçalves | CC

Uma investigação da Polícia Federal encontrou indícios de que os R$ 48,7 milhões pagos em 2020 pelo Consórcio Nordeste para comprar respiradores pulmonares junto à Hempcare Pharma, especializada em medicamentos à base de maconha, foram desviados por meio de sucessivas transferências bancárias.

A empresa foi contratada pelo colegiado, à época presidido pelo ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, em meio à crise da pandemia da Covid-19, mas os aparelhos nunca foram entregues.

De acordo com a reportagem do UOL, a apuração da PF aponta que o dinheiro foi pulverizado para terceiros e usado em gastos particulares, inclusive a compra de carros e o pagamento de faturas de cartão de crédito. 

Segundo a matéria, uma das pessoas que receberam os repasses comprou um SUV Volkswagen Touareg (R$ 75 mil, em valores da época), um caminhão Mercedes-Benz Accelo 815 (R$ 176 mil) e um Mitsubishi ASX (R$ 76 mil). Outro beneficiário utilizou parte do valor para quitar R$ 150 mil em faturas de cartão de crédito. Conforme a apuração da PF, o dinheiro também foi utilizado para pagar a mensalidade da escola dos filhos de um dos investigados.

Ao menos R$ 5 milhões passaram por contas de empresas destinadas à administração de bens, ao ramo imobiliário e a bancos e fundos de investimentos, "mas nunca chegaram a uma empresa sequer que efetivamente trabalhasse com a compra de ventiladores pulmonares".

O inquérito do caso dos respiradores ainda está em andamento. No início de abril, a Justiça Federal da Bahia devolveu a investigação ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso tramitava na primeira instância desde maio de 2023 porque Rui não tinha mais direito ao foro privilegiado de governador. O Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, modificou o foro privilegiado, e o juiz federal Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Criminal Federal de Salvador, determinou o retorno da investigação ao STJ, que é responsável por investigar chefes dos executivos estaduais.

O ministro está em missão na China e ainda não se procunciou a respeito.

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