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Prisão de Bolsonaro: Capitão Alden e Diego Castro reforçam tese de 'perseguição política'
Prisão de Bolsonaro: Capitão Alden e Diego Castro reforçam tese de 'perseguição política'
Deputados contestam decisão de Alexandre de Moraes, enquanto defesa volta a citar risco à saúde do ex-presidente
Por Redação
22/11/2025 às 10:45

Foto: Divulgação
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, que decretou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL), ainda repercute entre representantes baianos da direita. Além das manifestações de João Roma e Leandro de Jesus, outros parlamentares do PL da Bahia ampliaram o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado federal Capitão Alden (PL) afirmou nas redes sociais que o Brasil “acordou com mais uma prisão política” e classificou o episódio como uma “afronta direta à democracia”. Para ele, o Estado deveria priorizar o combate às áreas dominadas por facções, e não “calar a oposição”. Alden declarou que “o Brasil merece Justiça, não vingança” e que o PL “não vai se calar diante desse absurdo”.
“Em mais um capítulo da saga autoritária que marca a gestão de Alexandre de Moraes, o ministro transformou uma simples falha técnica na tornozeleira eletrônica, problema que ocorre com frequência em monitoramentos eletrônicos no Brasil, em uma suposta 'tentativa de fuga' digna de ficção. Laudos preliminares apontavam pane no equipamento, algo absolutamente comum”, completou.
Já o deputado estadual Diego Castro (PL) divulgou nota para afirmar que a prisão preventiva pode ser decretada quando há risco à ordem pública, ameaça à aplicação da lei penal ou descumprimento de medidas cautelares. Ele destacou que Bolsonaro já estava em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica, e citou os problemas de saúde do ex-presidente.
Castro também rebateu os fundamentos da decisão de Moraes: a violação da tornozeleira eletrônica, registrada por volta da meia-noite deste sábado (22), e a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio do ex-presidente, o que, segundo o ministro, representaria “altíssimo risco” ao cumprimento da prisão domiciliar. Para Moraes, o ato repetiria o “modus operandi” da organização que teria sido liderada por Bolsonaro, que utiliza mobilizações para criar tumulto e buscar vantagens pessoais.
“Medidas como essa passam a mensagem de que a autoridade judicial atua sem limites definidos, e isso preocupa. A reação da sociedade e do Parlamento será determinante para o que vem pela frente”, disse o parlamentar.
Bolsonaro foi preso em casa, em Brasília, e levado para a sede da Polícia Federal. A defesa afirma que a medida impõe risco à saúde do ex-presidente e insiste que não havia justificativa para fuga.

