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Ex-assessor de Elmar Nascimento é alvo principal da nova fase da Operação Overclean
Ex-assessor de Elmar Nascimento é alvo principal da nova fase da Operação Overclean
PF investiga esquema de desvios em emendas parlamentares e busca R$ 85,7 milhões; apartamento de R$ 6,5 milhões comprado em espécie levantou suspeitas
Por Evilásio Júnior
17/07/2025 às 08:31
Atualizado em 18/07/2025 às 11:24

Foto: Divulgação / PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (17), a quinta fase da Operação Overclean, que mira uma organização criminosa acusada de fraudar licitações, desviar recursos públicos e lavar dinheiro com aparência de legalidade. O principal alvo desta etapa, segundo apuração do Blog do Vila, é o advogado Amaury Albuquerque Nascimento, ex-assessor do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA).
Amaury teve o apartamento de luxo, no 17º andar do Edifício Monvert, no Horto Florestal, alvo de busca e apreensão. A compra do imóvel por R$ 6,5 milhões em espécie levantou suspeitas da PF e reforçou os indícios de ocultação de patrimônio. O advogado foi exonerado do gabinete de Elmar em abril, após ser citado pela primeira vez nas investigações.
Também são investigados o prefeito de Campo Formoso, Elmo Nascimento (União Brasil), irmão de Elmar, e Francisquinho, vereador da cidade e primo do parlamentar. Além deles, Marcelo Andrade Moreira Pinto, ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevsf), teve determinada a suspensão cautelar do serviço público.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e também envolve a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal. Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, o esquema teria desviado recursos de emendas parlamentares destinadas ao município de Campo Formoso (BA), por meio de manipulação de licitações. Diante da gravidade, o STF ordenou o bloqueio de R$ 85,7 milhões em contas de pessoas físicas e jurídicas envolvidas, para garantir eventual ressarcimento aos cofres públicos.
Os investigados podem responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, contratos administrativos e lavagem de dinheiro. A corporação também apura indícios de tentativa de obstrução das investigações, o que pode agravar a situação dos envolvidos.
As diligências ocorreram em Salvador, Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Mata de São João, Petrolina (PE) e Brasília (DF), indicando o alcance nacional da atuação da quadrilha.