Buzinaço pró-Bolsonaro tem baixa adesão em Salvador e críticas ao STF
Grupo se reuniu na orla neste domingo (20) contra medidas cautelares impostas ao ex-presidente, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica
Por Redação
21/07/2025 às 08:16
Atualizado em 22/07/2025 às 10:51

Foto: Divulgação
Um pequeno grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveu um buzinaço na manhã deste domingo (20), em Salvador, em protesto contra as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A principal delas: o uso de tornozeleira eletrônica.
A concentração ocorreu no Jardim de Alah, com carreata pela orla da capital baiana. A mobilização, no entanto, teve adesão tímida, contrastando com atos mais robustos de outrora. Entre faixas, bandeiras e discursos inflamados, os manifestantes acusaram o Judiciário de perseguição política.
Parlamentares presentes
Pelo menos dois parlamentares baianos do PL participaram do ato. O deputado federal Capitão Alden defendeu Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e chegou a sugerir publicamente que teria influenciado o “tarifaço” de 50% anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros.
“O Partido Liberal vem tentando algumas ações regimentais para prorrogar o afastamento do mandato. Mas até agora não houve nenhuma mudança no regimento da Câmara”, disse Alden, sobre o risco de perda do mandato de Eduardo caso ele não retorne ao Brasil.
Já o deputado estadual Diego Castro, presidente do movimento Bahia Direita, classificou o uso da tornozeleira como “um absurdo”.
“A perseguição passou de todos os limites. A medida demonstra o uso político da Justiça. Vamos às ruas em defesa da liberdade e da democracia”, declarou.
Operação da PF
A manifestação ocorre dois dias após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro. A ação foi autorizada por Alexandre de Moraes a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou risco de fuga do ex-presidente.
Segundo a PF, Bolsonaro teria incentivado articulações com o presidente norte-americano Donald Trump para impor sanções econômicas ao Brasil, como forma de retaliação às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado — processo no qual ele já figura como réu.