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Tensão e repercussões: protesto indígena termina com denúncia de violência contra caminhoneira

Tensão e repercussões: protesto indígena termina com denúncia de violência contra caminhoneira

Manifestação na BR-101 exigia libertação de cacique preso pela PF; deputada Roberta Roma cobra apuração de ataque a mulher durante o bloqueio

Por Redação

09/07/2025 às 10:00

Atualizado em 10/07/2025 às 10:47

Foto: Divulgação

Após 36 horas de interdição de um trecho da BR-101, no extremo sul da Bahia, o protesto liderado por indígenas próximo ao Parque Nacional do Monte Pascoal, em Itamaraju, foi encerrado no fim da tarde desta terça-feira (9).

O movimento, que cobrava a libertação do cacique Suruí Pataxó, preso na semana passada durante uma ação da Polícia Federal e da Força Nacional, mobilizou lideranças e chamou atenção por conta de um episódio de violência envolvendo uma caminhoneira.

A manifestação, iniciada na manhã de segunda-feira (8), transcorreu de forma pacífica, segundo a Polícia Rodoviária Federal. No entanto, houve um ponto de tensão: o caminhão de Elaine Tschaen Schneidem, de 40 anos, foi depredado e incendiado após ela tentar ultrapassar a barreira dos manifestantes.

O caso gerou repercussão política. A deputada federal Roberta Roma (PL-BA) encaminhou um ofício ao Ministério Público da Bahia para cobrar apuração do episódio e responsabilizar os envolvidos. Segundo o documento, Elaine teria sido agredida física e moralmente, além de ameaçada e constrangida no exercício da profissão.

De acordo com a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) e o Conselho de Caciques do Território Indígena Barra Velha, o protesto foi legítimo e buscava denunciar uma prisão injusta. As entidades afirmam que Suruí Pataxó sofre ameaças há anos e foi alvo de tortura física e psicológica após a detenção.

O Ministério da Justiça confirmou a prisão e afirmou que a atuação da Força Nacional na região visa preservar vidas e garantir os direitos dos povos originários. A deputada, por sua vez, reiterou que reconhece o direito à manifestação, mas condena o uso de violência contra civis.

Até o momento, o Ministério Público da Bahia não se pronunciou oficialmente sobre os fatos.

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