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Luciano Simões Filho critica novo empréstimo de R$ 4,5 bilhões em ienes feito por Jerônimo

Luciano Simões Filho critica novo empréstimo de R$ 4,5 bilhões em ienes feito por Jerônimo

Presidente do União Brasil em Salvador cobra transparência e questiona escolha da moeda japonesa em meio à crise econômica gerada pelo "tarifaço" dos EUA

Por Evilásio Júnior

12/08/2025 às 09:34

Atualizado em 14/08/2025 às 11:16

Foto: Evilásio Júnior

O deputado estadual Luciano Simões Filho, presidente do União Brasil em Salvador, comentou o novo pedido de empréstimo do governo Jerônimo Rodrigues, protocolado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) no valor de 122,5 bilhões de ienes japoneses — cerca de R$ 4,5 bilhões — com regime de urgência para refinanciamento da dívida pública do estado. A solicitação de operação financeira é a 19ª enviada à Casa pelo Palácio de Ondina.

“É uma novidade, não estava sabendo disso, estou sabendo agora de primeira mão”, disse o parlamentar, em entrevista ao Blog do Vila, ao ressaltar que o petista é o governador que mais contratou empréstimos no estado nos últimos anos. Para o parlamentar, o problema não está na contratação em si, mas na falta de transparência sobre o uso do recurso.

“Nós da oposição sempre batemos na tecla da transparência. Queremos saber exatamente qual o objetivo desse dinheiro. Se vai ser usado para rodar dívidas antigas, fazer investimentos em infraestrutura, hospitais, estradas. Eles nunca falam isso”, criticou. O deputado destacou a importância de que o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), e sua bancada no parlamento expliquem “para o povo da Bahia, não só para a oposição”, a finalidade do empréstimo, conforme determina a Constituição.

Questionado sobre a escolha da moeda japonesa para a operação financeira, Simões Filho apontou que a decisão ocorre em um cenário complexo de crise econômica mundial, agravada recentemente pelo aumento tarifário imposto pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, conhecido como “tarifaço”.

“É uma novidade essa contratação em ienes, e acontece em um momento delicado. Depois do tarifaço de Trump, o presidente Lula parece achar tudo maravilhoso. Ele já vinha naquela narrativa do ‘nós contra eles’, e agora, em vez de resolver o problema, está fazendo política em cima de uma crise que pode levar ao desemprego, caos social e afetar a economia do país, que depende muito dos EUA, nosso segundo maior parceiro comercial”, afirmou.

Luciano reforçou que o governo federal precisa buscar soluções concretas para superar a crise comercial, em vez de apostar apenas em blocos econônimos. “Ele não quer conversar com o presidente dos Estados Unidos, não está empenhado para resolver essa querela, e acha que os BRICs vão resolver tudo, mas não é bem assim”, completou.

A oposição na Assembleia promete acompanhar de perto o trâmite do pedido de empréstimo e cobrar explicações claras sobre sua destinação.

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