Bahia tem 926 obras paradas e R$ 1,5 bilhão já gasto sem entrega concluída, aponta TCU

Foto: Mateus Pereira / GOVBA

Levantamento do Tribunal de Contas da União mostra que a Bahia tem hoje 1.770 obras catalogadas, mas apenas 48% delas seguem em execução. Outras 926 construções estão paralisadas, mesmo após a liberação de R$ 1,5 bilhão em investimentos públicos. Os dados são do Painel de Acompanhamento de Obras Paralisadas, atualizado anualmente pelo TCU.

A obra com maior volume de recursos travados é a duplicação e adequação da BR-116. Dos R$ 297 milhões previstos, R$ 263,1 milhões já foram pagos, mas não há justificativa pública para a interrupção dos serviços.

O setor com mais projetos congelados, porém, é a educação básica: são 412 obras paradas, entre escolas e creches. Juntas, demandariam R$ 508,3 milhões — dos quais R$ 215 milhões já foram liberados. A execução emperra por falta de capacidade técnica, abandono de contratos, problemas de gestão e pendências administrativas.

Na educação superior, 12 obras financiadas pelo Ministério da Educação também estão estagnadas. Ufba, UFRB e Ufob somam R$ 8,8 milhões já repassados. Na Ufba, a situação é mais crítica: nove obras seguem inativas há 15 anos, apesar dos R$ 36,1 milhões já gastos. Entre elas estão a nova biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, o anexo da Escola Politécnica, o edifício da Escola de Música, o complexo do IHAC e a sede do Instituto de Ciência da Informação.

Com o novo PAC, a Ufba prevê usar parte dos R$ 62 milhões destinados à instituição para retomar a Escola de Música, a Escola de Medicina Veterinária e o IHAC, além de concluir a sede do Instituto de Ciência da Informação e finalizar a obra da Politécnica.