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Prefeitura diz que 78% das escolas municipais já funcionam e reforça apelo pelo fim da greve dos professores
Prefeitura diz que 78% das escolas municipais já funcionam e reforça apelo pelo fim da greve dos professores
Com mais de 300 escolas já reabertas, município diz ter esgotado margem de negociação; APLB fará nova assembleia nesta sexta e exige diálogo com Bruno Reis
Por Redação
11/07/2025 às 08:29
Atualizado em 11/07/2025 às 15:25

Foto: Betto Jr. / Secom PMS
A Prefeitura de Salvador informou nesta quinta-feira (10) que cerca de 78% das escolas da rede municipal estão em funcionamento, mesmo com a greve dos profissionais da educação. De acordo com a Secretaria Municipal da Educação (Smed), 321 das 412 unidades retomaram as atividades. A gestão credita o avanço ao retorno gradual de professores ao trabalho.
A administração municipal voltou a pedir que os servidores em greve encerrem o movimento para garantir a normalidade na rede e minimizar os impactos para estudantes e famílias.
No comunicado, a Prefeitura destacou que a campanha salarial de 2025 resultou em reajustes entre 9% e 18%, acima do aumento do piso nacional (6,27%). Com a nova lei aprovada na Câmara, nenhum docente da rede deve receber abaixo do piso, atualmente em R$ 4.867,77.
Ainda segundo o Executivo, a nova tabela de vencimentos é irrevogável, já que qualquer revogação significaria redução salarial, o que é proibido pela Constituição. No entanto, em negociação com a categoria, a gestão diz ter garantido alguns ajustes, como:
- Atualização da Gratificação de Otimização conforme futuros reajustes salariais;
- Retorno do limite de 25% da Gratificação de Aprimoramento;
- Reestabelecimento de gratificações específicas para quem atua nas Ilhas e em unidades socioeducativas;
- Possibilidade de converter licença-prêmio em pecúnia, a ser regulamentada;
- Criação de novas vagas nos níveis 2, 3 e 4 da carreira, para ampliar a progressão por titulação.
A Prefeitura afirma que, enquanto a greve continuar, não haverá novas rodadas de negociação. Reitera ainda que a paralisação foi considerada ilegal pela Justiça desde 7 de maio, com decisões em instâncias superiores, incluindo o STF.
Ao fim da nota, o município renovou o apelo aos grevistas para que retornem às salas de aula, em nome do direito à educação dos alunos da rede.
Nesta sexta-feira (11), a APLB-Sindicato, que representa a categoria, fará uma nova assembleia, às 15h, no Ginásio dos Bancários, no bairro dos Barris, e exige uma audiência com o prefeito Bruno Reis (União Brasil) como condição para encerrar a greve.