João Roma critica prisão domiciliar de Bolsonaro: 'Vergonha para o Brasil'
Ex-ministro afirma que decisão de Moraes enfraquece a democracia e transforma o ex-presidente em “perseguido político”
Por Redação
04/08/2025 às 20:00
Atualizado em 06/08/2025 às 12:08

Foto: Divulgação
O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, reagiu com veemência à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, nesta segunda-feira (4), a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi tomada no âmbito da operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta trama golpista envolvendo o ex-mandatário e auxiliares do alto escalão das Forças Armadas.
Nas redes sociais, Roma classificou a decisão como uma “vergonha para o Brasil” e acusou o Judiciário de agir com motivações políticas. Para ele, a prisão de Bolsonaro expõe “a verdadeira face de um Judiciário que serve exclusivamente à sua ideologia e aos seus próprios interesses”.
“Decisões políticas como essa só enfraquecem nossa democracia, causando indignação popular e das pessoas de bem de nosso país”, escreveu o ex-ministro, que também se solidarizou com o ex-presidente.
João Roma afirmou que Bolsonaro tem sido alvo de uma perseguição e lembrou que o ex-presidente “nunca teve condenação por corrupção ou malversação de recursos públicos”.
“Ao contrário, não roubou o Brasil, nem deixou eles roubarem”, afirmou, em referência à sua gestão à frente do Palácio do Planalto.
O dirigente do PL baiano ainda criticou o que considera uma “inversão de valores” no sistema de Justiça brasileiro.
“Infelizmente, o que temos visto todos os dias são os corruptos sendo absolvidos e os homens de bem sendo levianamente condenados”, afirmou.
A decisão de Moraes inclui, além da prisão domiciliar, o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com outros investigados e a entrega do passaporte de Bolsonaro à Polícia Federal. A medida ocorre após revelações de que o ex-presidente teria violado medidas cautelares ao manter contato com aliados envolvidos nas investigações, entre eles o tenente-coronel Mauro Cid.