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'Muniz não é dono do partido', diz Téo Senna, ao reconhecer insatisfações no PSDB e negar saída do grupo de ACM Neto

'Muniz não é dono do partido', diz Téo Senna, ao reconhecer insatisfações no PSDB e negar saída do grupo de ACM Neto

Vereador de Salvador critica acenos do presidente da Câmara à base de Jerônimo Rodrigues e admite prejuízo tucano em espaço político dentro da gestão municipal

Por Evilásio Júnior

15/09/2025 às 12:42

Foto: Evilásio Júnior

O vereador Téo Senna (PSDB) comentou, em entrevista à CBN Salvador, as movimentações internas do partido após declarações de tucanos que têm exposto insatisfações com as alianças da sigla na Bahia. O edil reconheceu que o momento é delicado, mas garantiu que seguirá ao lado do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) e do prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Ao ser questionado sobre os "acenos" do presidente da Câmara, Carlos Muniz, para levar o partido à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Senna afirmou que a movimentação não começou agora. "Já havia uma discussão sobre isso antes de Muniz. Eu tenho um posicionamento político muito claro. Sempre fui do mesmo caminho, não vivo negociando de um lado, lá e cá. Vou continuar com o grupo de ACM Neto e de Bruno, porque é esse trabalho que eu fiz a vida toda", disse.

O tucano opinou, no entanto, que o chefe do Legislativo soteropolitano não tem autonomia para decidir sozinho os rumos da sigla. "Acho que o partido vai ter que se posicionar. Muniz não é o dono do partido. O partido tem que ter uma discussão ampla, geral, com todos os deputados", declarou. Ele acrescentou ainda que a política é dinâmica e que "tudo pode acontecer", ao dar o exemplo do atual vice-governador do Estado pelo MDB: "Um tempo atrás, eu apostava que Geraldo Júnior não seria candidato pelo PT".

Sobre as queixas de lideranças tucanas em relação ao espaço no governo municipal, especialmente na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Senna admitiu que o PSDB possui cargos, mas disse ter sido pessoalmente prejudicado. "Eu realmente não assumi nada, ao contrário, perdi muito dentro da Câmara. Como segundo mais votado, fui prejudicado nas definições internas. Inclusive, seria natural que eu fosse o líder do partido, mas não aconteceu", relatou.

Apesar das divergências, o vereador descartou qualquer hipótese de rompimento com o grupo. "Não tem nem cogitação disso. Eu elegi Bruno, reelegi Bruno, participei desse governo. Eu não posso estar lá e cá ao mesmo tempo. Eu não faria isso de jeito nenhum. Tenho que ser coerente com a minha vida", garantiu.

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