Wagner diz que encontro entre Lula e Trump antes do tarifaço é improvável
Petista lidera missão em Washington, mas admite que sanções devem entrar em vigor sem diálogo direto entre os presidentes
Por Redação
30/07/2025 às 10:50
Atualizado em 31/07/2025 às 10:52

Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta terça-feira (29), em Washington, que não há tempo hábil para uma conversa entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e dos Estados Unidos, Donald Trump, antes da entrada em vigor das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida está prevista para começar na próxima sexta-feira, 1º de agosto.
"Não vamos resolver isso até o dia 1º. É sexta-feira. O encontro de dois presidentes da República não se prepara da noite para o dia", disse o petista, durante conversa com jornalistas.
Ex-governador da Bahia e articulador político experiente, Wagner lidera uma missão diplomática nos EUA, com o objetivo de amenizar os efeitos do chamado “tarifaço”. Segundo ele, o presidente Lula tem sido informado sobre cada etapa da viagem, mas ainda não há reunião marcada entre os dois chefes de Estado.
"Eu vim aqui plantar, não vim com a pretensão de colher. Mas acho fundamental esse encontro olho no olho. O presidente Lula é campeão nisso", afirmou o senador.
Recado da campanha de Trump
Enquanto a comitiva brasileira tenta abrir diálogo por vias institucionais, o advogado e arrecadador de campanha de Trump, Brian Ballard, sugeriu uma abordagem mais direta.
"Eu aconselharia o presidente Lula a ligar pessoalmente para Trump e sua equipe sênior. Ele gosta de conversar direto", disse Ballard, em entrevista à CNN Brasil.
A declaração reforça o tom político da questão e sinaliza que o canal mais curto pode ser também o mais eficaz — ao menos para interlocutores que falem a linguagem do presidente americano.