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Coronel cogita oposição ou carreira solo se for alijado por Jerônimo, descarta deixar PSD e só admite retirar nome se filho disputar Senado

Coronel cogita oposição ou carreira solo se for alijado por Jerônimo, descarta deixar PSD e só admite retirar nome se filho disputar Senado

Em entrevista à CBN Salvador, senador mandou o recado: "Se a base do governo for retaliar o PSD, for tirar o PSD de uma possível chapa, o PSD com certeza vai tomar outras decisões. [...] Agora, eu sempre digo: Coronel é aliado. Coronel não é capacho"

Por Evilásio Júnior

15/08/2025 às 22:42

Foto: Reprodução / Instagram

O senador Angelo Coronel (PSD) só admite retirar a pré-candidatura à reeleição ao Senado sob uma hipótese: se o filho, o deputado federal Diego Coronel, for convidado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) ou por ACM Neto (União Brasil) a compor a chapa majoritária em seu lugar. A hipótese foi colocada em debate durante entrevista nesta sexta-feira (15) à rádio CBN Salvador.

"Se eu falar a você que não retiraria eu estaria mentindo, porque quando meus dois filhos, um é deputado federal e outro é deputado estadual [Angelo Coronel Filho], ingressaram na política já era até para eu ter saído da política. Já era para ter saído, e pode acontecer isso. Pode acontecer de Diego ser senador em meu lugar", reconheceu o social-democrata, ao pontuar que o atual corregedor da Câmara "está muito bem posicionado na base do governo" e que não poderia "responder 100% se Diego toparia" ir para a oposição.

No entanto, de acordo com o congressista, com o impasse gerado pela intenção do PT de lançar Rui Costa, atual ministro da Casa Civil do governo Lula, e o senador Jaques Wagner, que também pode concorrer à reeleição, não está descartada a migração do seu partido para o grupo de Neto ou mesmo para uma disputa avulsa ao Senado. 

"Hoje nós estamos fazendo parte da base do governo. Se a base do governo for retaliar o PSD, for tirar o PSD de uma possível chapa, o PSD com certeza vai tomar outras decisões. Eu, particularmente, vou buscar outras alternativas. Ou ficar ladeado com a chapa de oposição ou sair em carreira solo. Não aceito que o nosso partido, que é o maior partido da Bahia e do Brasil, com quase mil prefeituras, 116 na Bahia [...], seja retaliado. [...] Se você perguntar para mim hoje, pessoalmente, eu defendo muito a carreira solo, porque eu tenho amizades tanto no bloco de oposição quanto no bloco de situação. Tem prefeito que vota comigo e vai votar em Jerônimo, como tem prefeito que vota com Coronel, mas vai votar em ACM Neto", afirmou, ao confirmar que a sigla não tem interesse no posto de vice e reconhecer que uma chapa com Rui e Wagner seria "fortíssima" e o obrigaria a "procurar outro rumo".

Embora diga "não lembrar" em quem votou em 2022, quando Jerônimo disputou – e venceu – a sua primeira eleição, o senador avalia como "boa" a sua relação com os ex-governadores. "Eu não tenho problema com ninguém. Me dou com todos eles. Trato bem, frequentam a minha casa, ou aqui em Salvador, ou lá em Brasília... Agora, eu sempre digo: Coronel é aliado. Coronel não é capacho", avisou, ao pontuar que tem recebido promessas de resolução do impasse: "A conversa de Wagner é: 'fique tranquilo que nós vamos ajustar tudo'". Segundo Coronel, que considera "improvável" uma candidatura própria do PSD ao Palácio de Ondina, o seu grande trunfo para ser escolhido é ser "municipalista". Em seus cálculos, "90% dos prefeitos" o apoiam. 

Em relação ao campo de Neto, Coronel refutou a especulação de que poderia trocar de legenda para facilitar a composição da chapa. "Eu não vou sair do PSD porque eu não vejo em hipótese alguma a possibilidade de o PSD não apoiar Angelo Coronel para a reeleição. É praticamente impossível. Aí vai ser um vulcão em erupção o rompimento de Coronel com Otto Alencar. Isso não existe. Nem da minha parte nem da parte dele", enfatizou.

O senador não negou, entretanto, o bastidor que o aponta como possível vice em uma eventual chapa presidencial encabeçada pelo atual governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Há especulação sobre isso. Não vou dizer que não tem. Inclusive sobre o próprio Otto ser vice de Tarcísio. Suscitaram também o nosso nome como vice de Tarcísio, mas é muita futurologia. Eu estou cuidando da minha reeleição para o Senado. A partir do momento em que eu estou lutando para a chapa de senador, eu não posso ter uma segunda opção", declarou, sem descartar que aceitaria um convite.

Em sua opinião, caso o chefe do Executivo paulista decida concorrer ao Planalto, "não só o PSD, mas todos os partidos de centro tendem a marchar" juntos.

Confira a entrevista na íntegra:

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