Home
/
Notícias
/
Política
/
Sessão cai por falta de quórum, mas comissões da Câmara avançam em projetos polêmicos do Executivo
Sessão cai por falta de quórum, mas comissões da Câmara avançam em projetos polêmicos do Executivo
Encontro foi marcado por pedidos de vista da oposição e retirada de pauta de propostas sobre a Loteria Municipal, Plano de Saneamento e leis urbanísticas; audiência pública será convocada antes da votação
Por Redação
08/10/2025 às 07:53

Foto: Reginaldo Ipê / CMS
Apesar de a sessão plenária ter sido novamente suspensa por falta de quórum, a Câmara Municipal de Salvador (CMS) avançou nesta terça-feira (7) na análise de projetos enviados pelo Executivo. Reunidos em sessão conjunta, os integrantes das comissões de Constituição e Justiça e Redação Final, Finanças e Orçamento e Planejamento Urbano e Meio Ambiente discutiram dez proposições da Prefeitura, mas divergências entre governo e oposição adiaram a tramitação da maior parte delas.
Entre os temas mais polêmicos, a líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), apresentou pedidos de vista para quatro propostas: o Plano de Saneamento Básico Integrado do Município, a criação da Loteria Municipal, a Política Municipal de Empregabilidade para a População em Situação de Rua (Programa Vida Nova Empregabilidade) e o Programa Renova Centro, que altera o Código Tributário e de Renda. Já o Projeto de Lei Complementar 5/2025, que modifica a estrutura organizacional da Prefeitura, teve pedido de vista coletivo.
O único projeto que avançou nos colegiados foi o PLE 395/2025, que prevê desafetações para alienações e doações de imóveis. O texto foi aprovado nas comissões e está apto para votação em plenário.
Audiência pública antes da votação
Presidida por Sidninho (PP), a reunião também tratou do Plano Diretor de Tecnologias da Cidade Inteligente (PDTCI) — proposta que pretende orientar políticas públicas para tornar Salvador uma cidade inteligente nos próximos anos. O projeto foi retirado de pauta, assim como os PLEs 423/2025, que cria a Loteria Municipal, e 424/2025, que altera leis urbanísticas. Antes de retornarem às comissões, esses textos serão debatidos em **audiência pública**.
O presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), ressaltou que o Legislativo atua com autonomia. “A Câmara é um poder independente e a vontade dos vereadores sempre será respeitada”, afirmou. Já o líder do governo, Kiki Bispo (União), declarou que o Executivo trabalha para construir consenso: “A expectativa é que uma nova pauta de votações seja feita na semana que vem. Esperamos que mais quatro projetos retornem para apreciação”.
Oposição critica “pressa” do Executivo
A vereadora Aladilce Souza voltou a criticar o que chamou de “rito açodado” da Prefeitura na tramitação dos projetos. “O Parlamento não pode apreciar de forma célere tantos projetos complexos, que tratam de mudanças permanentes na cidade e nas finanças do município. Não é possível que o prefeito traga pacotes de projetos e nos obrigue a votar com essa insegurança”, disse.
No entanto, para Sidninho, o diálogo entre os pares foi produtivo. “Acredito que até dezembro conseguiremos, dentro do que manda a legislação, avançar na pauta de votação”, afirmou o presidente da CCJ.