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Coronel sinaliza candidatura independente ao Senado: 'Não vou arrombar cerca para continuar onde não me querem'
Coronel sinaliza candidatura independente ao Senado: 'Não vou arrombar cerca para continuar onde não me querem'
Senador do PSD admite possibilidade de alçar voo solo caso não haja espaço na chapa governista liderada por Jerônimo Rodrigues
Por Redação
24/05/2025 às 08:00
Atualizado em 27/05/2025 às 13:30

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O senador Angelo Coronel (PSD) voltou a acenar para uma candidatura independente ao Senado Federal em 2026, caso seu nome não tenha espaço na chapa majoritária do grupo liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Durante a cerimônia de entrega da Comenda Dois de Julho e do título de cidadão baiano ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, o parlamentar reforçou o desejo de disputar a reeleição, mas mandou um recado claro: “Eu não vou forçar, nem arrombar cerca para continuar onde não me querem”.
Embora reafirme a preferência de permanecer no PSD e na base aliada, Coronel deixou evidente o desconforto com a articulação política que pode privilegiar as candidaturas dos ex-governadores Jaques Wagner (PT) e Rui Costa (PT) para as duas vagas ao Senado em jogo.
“O primeiro fato que nós temos que analisar é que não só existe candidatura em chapa oficial; qualquer partido tem o direito de lançar seus próprios nomes. A eleição de senador não é atrelada à de governador. Nos demais estados, a maioria dos candidatos ao Senado sai independente”, argumentou o senador, ao apontar a possibilidade de seguir outro caminho sem necessariamente romper com o grupo.
Coronel evitou cravar um movimento para a oposição, mas deixou o alerta: “Se onde eu estou eu não tiver a vaga, eu não tenho por que permanecer em um lugar que não me querem. Não vou antecipar que vou para a oposição, mas posso manter a minha candidatura, independente de estar na chapa A ou na chapa B”.
Sobre a relação com Wagner, que também deseja renovar seu mandato, Coronel contemporizou: “Wagner é muito meu amigo, a gente está bem, todo dia a gente se encontra no Senado. Se é um assunto que a gente não conversa é sobre a sucessão de 2026… Vamos deixar a água correr na correnteira e, lá na frente, em março ou abril, vamos sentar e ver o que acontece.”
Enquanto o grupo governista alimenta a possibilidade inédita de lançar dois petistas ao Senado, Coronel ensaia uma estratégia de sobrevivência política própria, ao evidenciar as fraturas internas e o clima de desconfiança que começa a minar a unidade da base.
Senador do PSD admite possibilidade de candidatura solo caso não haja espaço na chapa governista liderada por Jerônimo Rodrigues.