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Elmar diz que não é alvo da Overclean e nega irregularidades em emendas investigadas pela PF
Elmar diz que não é alvo da Overclean e nega irregularidades em emendas investigadas pela PF
Operação investiga irmão, primo, ex-assessor e empresários ligados a desvios de emendas parlamentares na Bahia
Por Redação
18/07/2025 às 08:12
Atualizado em 21/07/2025 às 11:33

Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados
O deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil) afirmou que nenhuma de suas emendas está sob investigação na 5ª fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (17). Apesar disso, a PF mira familiares do parlamentar, um ex-assessor dele e empresários baianos do ramo da construção civil.
A nova etapa apura o desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares, corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. A operação tem como foco principal a prefeitura de Campo Formoso, no norte da Bahia, e cumpriu 18 mandados de busca e apreensão na Bahia, no Distrito Federal e em Pernambuco.
Em Salvador, os agentes estiveram em um prédio de luxo no Horto Florestal e em uma empreiteira no Caminho das Árvores. Também houve ações em Senhor do Bonfim, Mata de São João, Brasília e Petrolina.
Entre os investigados estão o prefeito de Campo Formoso, Elmo Nascimento (União), irmão de Elmar; o vereador Francisco Manoel do Nascimento Neto, o Francisquinho, primo do deputado; Amaury Albuquerque, ex-assessor parlamentar; e Marcelo Andrade Moreira Pinto, ex-presidente da Codevasf.
Francisco Manoel, que já havia sido flagrado jogando dinheiro pela janela em fase anterior da operação, desta vez teve cédulas de R$ 20 encontradas dentro do sapato. O montante não foi apreendido por ser inferior a R$ 10 mil.
O STF determinou o bloqueio de R$ 85,7 milhões em contas de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao esquema. O objetivo é impedir movimentações financeiras e garantir eventual reparação ao erário.
Segundo a PF, o grupo investigado atuava na manipulação de licitações, desvio de recursos de emendas e obstrução das investigações. Os crimes apurados incluem organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.
A Codevasf, em nota, afirmou que continua à disposição da Justiça e ressaltou que não participa de licitações municipais.