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Jerônimo pede novo empréstimo de R$ 650 milhões e oposição fala em 'endividamento sem precedentes' na Bahia
Jerônimo pede novo empréstimo de R$ 650 milhões e oposição fala em 'endividamento sem precedentes' na Bahia
Governador aciona regime de urgência para acelerar votação na Alba; oposição diz que promessas feitas “no fiado” explicam a corrida por crédito e que obras podem não sair do papel
Por Redação
26/11/2025 às 07:02

Foto: Vaner Casaes / Alba
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a acionar a Assembleia Legislativa da Bahia para ampliar o caixa estadual. Nesta terça-feira (25), o chefe do Executivo baiano enviou à Casa o 22º pedido de empréstimo de sua gestão — agora de R$ 650 milhões, a serem captados no Banco do Brasil. Na mensagem encaminhada aos deputados, Jerônimo afirma que os recursos vão garantir aportes e contraprestações de contratos de Parcerias Público-Privadas, com previsão de contragarantias à União e orçamento reservado para amortizações e encargos.
Com a nova operação, o volume total de financiamentos solicitados pelo governo em dois anos e onze meses chega a aproximadamente R$ 26 bilhões. Como de praxe, o petista também pediu que o projeto tramite em regime de urgência, o que retira a análise das comissões técnicas.
Além do novo pacote, outros dois pedidos já estão na fila de votação: um de R$ 2 bilhões, cuja urgência foi aprovada na semana passada e aguarda análise do mérito, e outro de R$ 300 milhões, com urgência prevista para ser apreciada nesta quarta-feira (26).
Em nota, o líder da oposição, Tiago Correia (PSDB), afirmou que Jerônimo está “empurrando o Estado para um endividamento sem precedentes”. Segundo ele, o governador recorre aos financiamentos após ter assumido compromissos sem lastro financeiro.
“Jerônimo prometeu obras no fiado para tentar cooptar prefeitos, selou compromissos sem ter recursos e agora, sem dinheiro em caixa, parte para o vale-tudo dos empréstimos para salvar uma operação essencialmente eleitoral”, disse.
Correia também questiona a efetividade das promessas. Para ele, a demora natural na liberação dos empréstimos faz com que boa parte das obras “não deva sair do papel”. O deputado lembrou ainda auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou um número elevado de obras paralisadas na Bahia.

