Petrobras reavalia permanência no Polo Bahia após queda no preço do barril
Estatal pode manter, terceirizar ou vender o ativo, que reúne 28 campos terrestres no Recôncavo e norte do estado
Por Redação
06/07/2025 às 07:51
Atualizado em 07/07/2025 às 11:17

Foto: Rafael Pereira / Agência Petrobras
A Petrobras voltou a discutir internamente o futuro do Polo Bahia, conjunto de 28 blocos de produção terrestre localizados no Recôncavo e norte do estado. O ativo, que produz cerca de 12 mil barris de óleo equivalente por dia, teve o processo de venda suspenso em setembro de 2023, após ser colocado à venda durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a presidente da companhia, Magda Chambriard, a recente queda no preço internacional do petróleo reacendeu o debate sobre a viabilidade do polo. “Quando o óleo está a US$ 100 o barril, faz sentido. Não a US$ 65”, disse a executiva durante o Fórum Estratégico da Indústria Naval Brasil-China.
Magda afirmou que a estatal avalia três caminhos: manter o ativo, terceirizar a operação ou vendê-lo. Ela destacou que a produção terrestre exige grande esforço e, muitas vezes, um campo rende menos do que um único poço do pré-sal.
A presidente da Petrobras ainda esclareceu que a reavaliação não inclui o campo de Urucu, na Amazônia. “O óleo de Urucu é o melhor do Brasil. Vamos pensar na Bahia e depois olhar Urucu”, afirmou.
Considerado um ativo maduro da companhia, o Polo Bahia exige investimentos operacionais mais altos e oferece retorno inferior aos projetos do pré-sal.