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Bahia cria grupo de trabalho com a Fieb para reagir à taxação dos EUA; prejuízo estimado é de R$ 2,6 bilhões
Bahia cria grupo de trabalho com a Fieb para reagir à taxação dos EUA; prejuízo estimado é de R$ 2,6 bilhões
Grupo criado por Jerônimo e Federação das Indústrias busca alternativas para reduzir prejuízos da nova tarifa americana; produtos como celulose e cacau estão entre os mais afetados
Por Redação
15/07/2025 às 06:52
Atualizado em 16/07/2025 às 11:01

Foto: Wuiga Rubini / GOVBA
O governo da Bahia e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) anunciaram, nesta segunda-feira (14), a criação de um grupo de trabalho para discutir os impactos da taxação imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros a partir de agosto. A medida tem como objetivo proteger a economia baiana e buscar alternativas comerciais diante da nova política adotada pelo governo norte-americano.
A decisão foi tomada após reunião entre o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o presidente da Fieb, Carlos Henrique Passos, com participação de secretários estaduais e representantes do setor produtivo. A proposta é formular estratégias para preservar investimentos, empregos e a renda no estado.
O mercado americano responde atualmente por 8,3% das exportações baianas. Entre os produtos mais afetados estão celulose, derivados de cacau e pneus — todos com cadeias produtivas longas e forte impacto na atividade econômica. Setores como o petroquímico, a mineração e o agronegócio também devem sentir os efeitos.
Conforme estimativas do governo, as perdas para a Bahia podem chegar a R$ 2,6 bilhões.
Em nota conjunta, o governo estadual e a Fieb defenderam uma resposta firme, mas equilibrada. “Desejamos que essas taxas sejam revistas com diálogo, diplomacia e maturidade, sem um enfrentamento que possa prejudicar mais ainda a economia brasileira, do Nordeste e da Bahia.”
No mesmo dia, o presidente Lula assinou o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade, permitindo ao Brasil adotar medidas contra os países que impuserem barreiras comerciais aos seus produtos — como é o caso da taxação de 50% anunciada por Donald Trump.